Os 6 piores conselhos que nós já ouvimos sobre Educação Maker
Os 6 piores conselhos que nós já ouvimos sobre Educação Maker
Por Megan Hemmings – Traduzido e adaptado com permissão da autora.
Artigo original (em inglês): http://blog.sparkfuneducation.com/the-worst-advice-weve-ever-heard-about-maker-education
Nós ouvimos muitos conselhos ao longo dos anos sobre como incorporar educação maker e aprendizagem baseada em projetos à sala de aula.
Embora alguns desses conselhos tenham sido bastante úteis, essa é uma história para outro dia. Hoje, vamos dar uma olhada em alguns dos piores conselhos que já ouvimos sobre educação para makers e aprendizagem baseada em projetos (PBL – Project Based Learning).
1 – Aprender tudo antes de começar
Este conselho muitas vezes vem daqueles que ficam desconfortáveis por não ter todas as respostas. No entanto, depois de falar com muitos educadores que usaram com sucesso educação maker em suas salas de aula ou lições, descobrimos que aqueles que são mais bem sucedidos são os que entram direto na prática. Eles entendem que é impossível saber cada resposta com antecedência e que há valiosas lições de aprendizado ao incentivar os alunos a pesquisar a resposta às suas perguntas e encontrar a solução que funciona para elas. Não deixe a falta de experiência te impedir; Entre de cabeça e aprenda junto com seus alunos.
2 – Fornecer instruções detalhadas para todos os projetos
A teoria aqui é que quando o professor fornece instruções detalhadas, todos os alunos serão capazes de atingir o objetivo final, e haverá pouca margem para que os alunos tenham problemas com os quais o educador não consiga ajudá-los. No entanto, essa abordagem tira aprendizado valioso dos estudantes. O processo de encontrar o seu próprio caminho e criar um projeto que ressoe com eles levará a uma compreensão mais profunda e maior engajamento do que simplesmente seguindo instruções passo a passo para alcançar um resultado final.
3 – O resultado final importa mais do que o processo
Seguindo a lição acima, é importante que os alunos aprendam tanto, se não mais, a partir do processo de criação do que do projeto final. Concentrar-se no resultado final tira a capacidade de comemorar o fracasso e as lições aprendidas que o acompanham. Criar novas hipóteses e experimentá-las ao longo do caminho é onde a aprendizagem real acontece. Se todo o foco estiver no resultado final, muitos alunos terão medo de tentar idéias complicadas ou novas.
4 – É importante possuir equipamentos de alta tecnologia em um espaço maker
Enquanto as impressoras 3D e as máquinas CNC são ótimas ferramentas para prototipagem e criação, elas não são necessárias para o sucesso da educação maker. Na verdade, a educação maker não exige nenhum equipamento eletrônico sofisticado ou gadget. Os alunos podem explorar e aprender tanto usando papelão e tesoura quanto é possível com impressoras 3D e CNCs. Alguns dos nossos itens favoritos para uso em projetos são “lixo” e recicláveis, como caixas de papelão e garrafas de água. Não é necessário, contudo, ser uma abordagem do tipo tudo ou nada; Incentive os alunos a criar projetos que utilizem materiais e eletrônicos reciclados para ver o que eles conseguem inventar.
5 – Os estudantes deveriam trabalhar em seus próprios projetos
A educação maker não é como escrever um relatório de um livro, onde os alunos estão tentando mostrar seu conhecimento individual sobre um tópico. Em vez disso, a educação maker e a aprendizagem baseada em projetos são sobre trazer uma idéia à vida. Às vezes, os alunos têm o know-how para fazê-lo por conta própria, mas se eles realmente estão se desafiando, a maioria dos projetos estudantis terão melhor resultado se eles colaborarem uns com os outros. O processo de trocar idéias e fazer perguntas que provoquem a reflexão leva as idéias para além do seu conceito inicial, transformando-as em algo ainda melhor.
6 – Educação maker necessita de um espaço dedicado
Alguns educadores têm medo de começar a implementar a educação maker e a aprendizagem baseada em projetos sem um espaço dedicado. No entanto, isso pode acontecer em qualquer lugar. Pense nos projetos de arte caseiros que você fazia quando era criança – as chances são de que eles aconteciam na mesa da cozinha ou no quintal, não em um espaço dedicado às artes. A mesma ideia funciona para a educação maker. Pode ser necessário tanto ou tão pouco espaço quanto esteja disponível e pode acontecer em um espaço dedicado ou improvisado na hora. As mesas dos alunos ou mesmo o piso funcionam tão bem para criar projetos quanto um espaço dedicado.
Não deixe o medo do desconhecido impedir que você adicione a educação maker ou a aprendizagem baseada em projetos em suas aulas este ano. Experimente com um único projeto, veja como funciona, e depois continue experimentando até encontrar a combinação certa para você.
E quanto a você? Qual é o pior conselho que você já recebeu sobre educação maker?
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